Epidendrum xanthinum
No setor de ambientes abertos do Jardim Fitogeográfico ( http://orlandograeff.blogspot.com.br/2012/02/as-origens-do-templo-fitogeografico.html), onde estão as
espécies de campos rupestres, restingas e campos de altitude, uma planta vem se
adaptando esplendidamente, chegando a formar grande touceiras, que florescem
todos os anos: a orquídea Epidendrum xanthinum. Ela floresce
principalmente nesta época do ano – entre final de inverno e início de
primavera, embora seja rara uma época em que não mostra ao menos algumas
flores.
O nome epíteto xanthinum diz respeito à sua
coloração predominantemente amarela, podendo apresentar tonalidades douradas,
até um pouco alaranjada. Ela pertence a um grupo de orquídeas bastante complexo
em sua taxonomia, o que advém de sua morfologia extremamente convergente: é a
aliança de Epidendrum secundum, cuja
espécie mais famosa, que tipifica este grupo, comum em cultivo e nas paisagens
de margens de estradas, exibe coloração rosada.
São plantas de crescimento ereto, aparentemente monopodial
(que cresce apenas num eixo), embora ramifique intensamente, de forma lateral,
o que termina por originar densas touceiras. Como é comum no grupo, frutifica
intensamente, liberando milhares de sementes, que voejam com o vento e acabam
germinando em vários outros locais.
Epidendrum xanthinum no Jardim Fitogeográfico
Na natureza, habitam afloramentos rochosos, em diversas
altitudes, mas quase sempre nas cercanias de fios d’água, que escorrem pelas
rochas e ajudam a formar núcleos de umidade, sempre com luz farta. Crescem nas
margens de estradas, tolerando até as condições de rodovias movimentadas, onde
abunda a poluição e o vento forte ocasionado pelos veículos. Em Petrópolis,
pode ser admirada nas rochas que margeiam a movimentada BR040, juntamente com E. secundum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário