Aechmea ramosa variedade festiva
Aechmea ramosa é uma
bromélia bastante comum, no Sudeste e parte do Nordeste, habitando a faixa de
transição entre o clima litorâneo e as vertentes continentais da Cadeia
Marítima. Parece se beneficiar das condições ecológicas que prevalecem neste
encontro entre a contínua disponibilidade de umidade atmosférica e a
estacionalidade climática do Brasil Central, que lhe propicia longo período
seco, no meio do ano.
As plantas típicas são portentosas, podendo
alcançar cerca de um metro de diâmetro, com rosetas foliares amplas e guarnecidas
de densos espinhos. Instalam-se em meio às copas de grandes árvores típicas da
floresta estacional semidecidual, tais como ipês, louros e outras espécies
dotadas de cascas espessas e rugosas. Nestes ambientes arejados e bem expostos,
emitem longas inflorescências ramificadas, com tonalidade vermelho-amarelada,
ostentando incontáveis flores, que depois se transformam em palatáveis
frutinhos mucilaginosos, que as aves devoram avidamente, promovendo assim sua
larga dispersão.
Frestas de paredões rochosos também servem
bem à instalação dessas bromélias, que podem ser vistas, com frequência, nos
cortes laterais de rodovias movimentadas, como a BR040 (Rio-Juiz de Fora). É
uma planta bastante útil aos amantes de aves, podendo ser cultivada, nos
arboretos urbanos e jardins, para onde atrairá diversos pássaros silvestres.
Existe uma variedade descrita e mais
comumente cultivada – Aechmea ramosa variedade festiva
– que é natural do Espírito Santo e se trata daquela mais conhecida e
cultivada, nos jardins, por seu menor porte, por sua tonalidade vinácea das
folhas e pelo profuso e contínuo florescimento. Adapta-se bem a diversos
gradientes de luz, embora sinta muito o sol direto, na Região Serrana, onde
está situado o JARDIM
FITOGEOGRÁFICO, no qual se encontra presente, desde os ambientes de rock-gardens (jardins entre pedras), até
o epifítico.
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