Epidendrum secundum
Existe um grupo curioso e intrigante de orquídeas, em nossa
flora, que seguramente ainda comportaria muitos estudos taxonômicos: falamos da
aliança que gira em torno de Epidendrum secundum. Já estivemos a
mostrar uma linda espécie do JARDIM FITOGEOGRÁFICO, que é Epidendrum xanthinum (ver
postagem - http://orlandograeff.blogspot.com.br/2016/09/plantas-do-jardim-fitogeografico_19.html ), uma planta bastante comum na Serra do Mar, com flores amarelas,
que bem ilustra essa pendência. Mas, há tantas outras nativas, além de uma
série de cultivares hortícolas, que foram introduzidas no mercado de plantas
ornamentais e ocorrem quase que espontaneamente, em jardins residenciais, e
aumenta a confusão, toda vez em que as avistamos.
Nossa série de publicações não tem objetivos de complicação
e preferimos simplesmente apresentar cada planta que mantemos em cultivo,
deixando aos aficionados a tarefa árdua de se ver a braços com a questão. Epidendrum
secundum já foi conhecida com diversos nomes, tais como Epidendrum ellipticum, E. crassifolium, E. elongatum, entre tantos outros, o que se deveu, sem qualquer
sombra de dúvidas, às suas possíveis e usuais variações regionais, que
simplesmente não sustentaram reconhecimento como espécies diferentes. Então,
até segunda ordem, o táxon válido é mesmo Epidendrum secundum Jacq.
Abaixo –
Inflorescências de E. secundum das montanhas do Peru (Machu Pichu)
A planta pode ser encontrada numa grande variedade de
condições de crescimento, assim como numa vasta área geográfica de ocorrência,
que inclui desde a Floresta Atlântica, até países vizinhos, como Peru, onde
ela ocorre na lendária cidade perdida de Machu
Pichu. Seu modo preferencial de crescimento, contudo, é mesmo o saxícola –
aquele em que a planta medra nas frestas de rochas, metendo suas raízes nos
restos de folhas secas e detritos. Adora sol, luz solar direta, quando consegue
emitir suas mais vistosas inflorescências, que também variam de cores, entre o
róseo (mais comum) e tonalidades vináceas e até amareladas.
No JARDIM FITOGEOGRÁFICO, Epidendrum secundum
praticamente se naturalizou e se propaga hoje por diversos cantos, aos quais
chega, através de sementes, ou divisão de rebentos, que aparecem junto à
inflorescência e emitem dali novas raízes.
Acima – Epidendrum
secundum vegetando sobre muro de pedra, na coleção do JARDIM
FITOGEOGRÁFICO. Note os rebentos, que surgem nas hastes das inflorescências,
dali enraizando e se propagando
Abaixo – A orquídea
empresta notável efeito ornamental, na Fonte da Musa do JARDIM FITOGEOGRÁFICO
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